O Festival de Cinema de Cannes através da objetiva de Olivier Anrigo

O Festival de Cinema de Cannes através da objetiva de Olivier Anrigo

Olivier Anrigo é um fotojornalista francês que trabalhou para diversas agências noticiosas como a Thomson Reuters e a EPA. Atualmente, ainda trabalha para a AP (Associated Press). Ao longo dos anos Olivier aumentou a sua clientela para além das agências noticiosas, tendo trabalhado também com diversas marcas e instituições. Recentemente, Olivier foi um dos 400 fotógrafos que fizeram a cobertura do Festival de Cinema de Cannes. Num setor tão competitivo, é difícil garantir que as suas fotografias se destaquem. “O meu trabalho como fotojornalista durante todos estes anos ensinou-me a abordar o motivo de diversos ângulos. A observação é essencial.” Olivier levou os modelos LUMIX S1 e S1R consigo para Cannes.

Para Olivier, o Festival de Cinema de Cannes é um evento único e muito especial. “O horário é muito atarefado, com sessões fotográficas de manhã, conferências durante o dia e eventos à noite. Por isso, tenho de ser extremamente organizado. É tipo uma maratona. A antecipação e a preparação são cruciais.”

Trabalhar no festival significa ter de poder agarrar no equipamento adequado a qualquer momento. Temos de escolher constantemente o tipo de enquadramento que vamos utilizar, de grandes angulares a imagens extremamente detalhadas. Para a sua viagem, Olivier levou os modelos LUMIX S1R e LUMIX S1, LUMIX 24-105 mm f/4, LUMIX S PRO 70-200 mm f/4, Leica 16-35 mm e Leica 90-280 mm. “Os melhores fotógrafos conseguem analisar as situações quase instantaneamente, para fazerem as escolhas certas no momento ideal.

Se eu reparar nuns detalhes de um vestido ou num acessório, uso a 70-200 mm. A 24-105 mm permite-me captar grandes angulares, para captar a pessoa ou o motivo na passadeira vermelha. O motivo pode ser uma celebridade, um vestido comprido absolutamente deslumbrante ou um estilista a andar para trás e para a frente na passadeira.”

Com quase 400 fotógrafos num espaço tão pequeno, a passadeira vermelha pode transformar-se numa selva muito depressa. “É muitas vezes o que acontece com aqueles momentos dos grandes êxitos na passadeira vermelha, como o Era Uma Vez do Quentin Tarantino, com o Brad Pitt e o Leonardo Di Caprio. Mesmo que estejamos num local fixo, estamos sempre a torcermo-nos para encontrarmos ângulos interessantes; com duas câmara penduradas ao pescoço, isto pode ser muito difícil.”

O Festival de Cinema de Cannes é sinónimo de exuberância e extravagância. “Como fotógrafos, isso dá-nos a oportunidade de transformar clichés em algo fora do comum. Para os olhares treinados, trata-se de um evento repleto de detalhes. É isso mesmo que eu adoro!” No Festival, Olivier utilizou os modelos LUMIX S1 e SR1. Qual é a sua opinião? “Estas câmaras são incrivelmente lisonjeiras. A S1R forneceu ficheiros com um tamanho impressionante. Graças à sensibilidade da LUMIX S1, consegui continuar a fotografar sem flash mesmo em situações de fraca luminosidade. Se precisasse, podia escolher um ISO mais elevado e continuava a obter ficheiros grandes.” Mas tal não significa que Olivier não tenha utilizado o flash de todo: quando necessário, utilizou o flash Profoto A1 na LUMIX S1R.

“Ambas as reproduções são bastante interessantes, permitindo obter uma atmosfera e uma luz diferente. Por exemplo, todas as noites durante o festival foram projetados filmes na praia (caso o tempo permitisse). Estas exibições tinham uma atmosfera incrivelmente especial. Neste tipo de ambiente, ou usei um tripé para captar imagens com uma velocidade lenta do obturador ou segurei na câmara manualmente com um ISO mais elevado.”

Olivier continua: “Poder trabalhar com um equipamento profissional deste calibre é muito reconfortante. Como fotógrafos, conseguimos sentir a energia, o tempo e o cuidado que os engenheiros da Panasonic investiram nestas câmaras. As câmaras são fáceis de manusear, os botões estão nos sítio certo. A ergonomia destas câmaras é excelente!”

Para obter fotografias fantásticas, focar o sítio ideal é muito importante. Com os motivos a fazerem gestos e movimentos na passadeira vermelha, isto pode ser um pouco complicado.

“É por isso que escolhi trabalhar com o modo de AFC (contínua). Mudei muitas vezes o modo de ponto de focagem, entre um ponto, ponto horizontal e 225 pontos de focagem. Todos os modos funcionaram muito bem.”

Para este trabalho, Olivier utilizou maioritariamente os modelos LUMIX 24-105 mm f/4 e LUMIX S PRO 70-200 mm f/4. “Ambas estas objetivas complementares são de elevada qualidade, como podemos ver na nitidez das imagens. Devido ao plano focal alargado, estava um pouco preocupado em utilizar a LUMIX 24-105 mm f/4; no entanto as minhas dúvidas dissiparam-se no mês passado, quando a utilizei para a reportagem noturna do Qatar MotoGP.”

A fotografia de Winnie Harlow com o vestido vermelho é uma das suas fotografias favoritas de Cannes. “A Winnie é uma modelo canadiana de 24 anos de idade com vitiligo (uma condição que provoca a despigmentação da pele). A imagem de Winnie com o vestido vermelho na passadeira vermelha é muito poderosa, ela destaca-se verdadeiramente da multidão.”

Olivier Anrigo

Olivier Anrigo

O fotógrafo francês Olivier Anrigo herdou a paixão do seu pai pela fotografia desde uma tenra idade. Ao trabalhar na empresa da família, Olivier adquiriu gradualmente conhecimentos específicos sobre os materiais fotográficos e uma perspetiva única sobre a arte da fotografia.

A reunião com o fotógrafo da Reuters Eric Gaillard foi um momento decisivo na sua carreira. Olivier juntou-se à agência de imprensa internacional na equipa de Eric Gaillard, trabalhando lado-a-lado com alguns dos melhores fotógrafos do mundo. Aqui, Olivier aprendeu como criar documentários e aperfeiçoou a sua capacidade de resposta e o seu método, desenvolvendo gradualmente o seu estilo pessoal de fotografia.

Tendo desenvolvido uma paixão pela fotografia de natureza, Olivier decidiu partir em expedições por todo o mundo (África, Europa, Círculo Polar Ártico) com o apoio de diversas instituições, como a Fondation Prince Albert II de Monaco e a Fondation Nicolas Hulot.

Nos dias que correm, Olivier continua a trabalhar como fotojornalista em agências internacionais como a EPA e a l’Equipe, entre outras. Olivier adora partilhar os seus conhecimentos e, como tal, desenvolveu um projeto muito pessoal: sessões fotográficas em safari na Reserva Nacional de Masai Mara no Quénia e na Tanzânia.

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