O poder das mulheres

O poder das mulheres

Qualquer pessoa deveria poder tornar-se um fotógrafo de sucesso. Esta é a principal motivação de Emma Svensson. Emma começou a fotografar concertos há 20 anos atrás. Num mundo dominado pelos homens, ninguém a levou a sério - mas Emma provou que estavam errados. Emma começou o seu próprio site, que se transformou numa agência que representa fotógrafos populares, e criou também a sua própria empresa de fotografia dominada maioritariamente por fotógrafos do sexo feminino. Emma quebra barreiras até mesmo na sua vida pessoal: ao conquistar as mais altas montanhas da Europa, prova que as mulheres conseguem fazer tudo o que os homens fazem: “As mulheres não se devem considerar inferiores aos homens.”

Emma ainda se lembra da altura em que desenvolveu a sua paixão pela fotografia: “Quando tinha onze anos, encontrei a câmara de vídeo dos meus pais. Era o meu brinquedo favorito. Queria ser realizadora.” No entanto, os habitantes da pequena aldeia da Suécia onde morava aconselharam-na a não seguir uma carreira no setor da fotografia, devido ao nível de competitividade. Seria difícil ganhar a vida com a fotografia. “Por isso, não tirei fotografias durante vários anos. Quando fui a um concerto em 2002 levei uma câmara comigo e, embora nunca tivesse fotografado um concerto antes disso, depois de ter começado percebi imediatamente que era aquilo que estava destinada a fazer. Foi amor à primeira vista.”
A popularidade da Internet estava a crescer. “Existiam vários sites com textos sobre música, mas não haviam muitas fotografias dos concertos. Por isso, comecei um site. Naquela altura, ser um fotógrafo do sexo feminino num mundo dominado por homens de meia-idade era bastante difícil. Ninguém me levava a sério, nem sequer diziam olá. Como era mulher, não me deixavam ir aos bastidores onde os homens passavam tempo.

Mas consegui publicar cada vez mais fotografias no meu site e convidei outros fotógrafos jovens e ambiciosos a juntarem-se ao meu projeto. Não passámos despercebidos: os jornais e as revistas começaram a usar as nossas fotografias e tornámo-nos uma agência de sucesso. Os fotógrafos mais velhos detestavam-nos. Durante quinze anos seguidos, os nossos fotógrafos ganharam prémios de melhor fotografia de concerto. Alguns deles tornaram-se fotógrafos incrivelmente populares, enquanto outros são agora editores de imagem ou trabalham em galerias. Tenho muito orgulho em ter contribuído um pouco para o seu sucesso.”
Como professora de fotografia, Emma reparou que embora 80 porcento dos seus alunos fossem mulheres, após acabarem o curso, 95 porcento dos trabalhos no setor da fotografia eram entregues aos homens. “Os agentes e as pessoas que contratavam os fotógrafos eram todos homens. Resisti a este preconceito e tentei promover a consciencialização em relação a este problema. Tive bastantes desafios, mas valeu a pena. Várias jovens fotógrafas agradeceram-me por ter feito isto. Dei-lhes coragem para exercerem carreiras no setor da fotografia.”

Outro dos acontecimentos que mudaram a vida de Emma foi ter visto o filme Evereste no avião. “Estava a viajar para a Nova Zelândia. O filme inspirou-me tal como as minhas primeiras fotografias de concertos. Soube logo que tinha de ir fazer montanhismo. Disseram-me que não devia fazê-lo (até mesmo o meu namorado na altura). Disseram-me que o montanhismo é demasiado perigoso para as mulheres. Mas fi-lo de qualquer maneira. Depois de ter subido a montanha mais alta da Europa, soube que tinha de continuar a fazê-lo. Por isso, defini um objetivo: subir as montanhas mais altas da Europa num ano. E assim fiz. E ainda mais: Subi 61 montanhas.”

Nos dias que correm, Emma divide o seu tempo entre a fotografia e o montanhismo. “Metade do tempo estou a fotografar; a outra metade estou nas montanhas.” Emma ainda se depara com muitos preconceitos: “Como mulher, ao cresceres, és condicionada para teres medo deste tipo de aventuras. É perigoso viajar sozinha, viver aventuras. Recuso-me a aceitar isto. Viajo para locais remotos e nunca tive medo. Só porque és mulher não quer dizer que não podes viver a vida ao máximo.”

Emma tem o seu próprio estúdio, composto apenas por colegas do sexo feminino. “Costumava ter 12 colaboradores, mas com o montanhismo tornou-se um pouco difícil. Por isso voltei a ter só três pessoas: uma planeadora, uma fotógrafa e uma assistente - e também supervisiono estagiários. Quando estava a contratar pessoas, das 100 cartas que recebi as melhores foram escritas por mulheres. A fotografia é uma profissão bastante solitária, por isso é bom trabalhar em equipa para que possamos reagir aos trabalhos uns dos outros e ouvir opiniões.”

Emma trabalhou pela primeira vez com câmaras Panasonic LUMIX há um ano atrás. “Experimentei a Panasonic LUMIX S1R. Fiquei completamente espantada com a qualidade das imagens, foi uma revelação! Quando pratico montanhismo, utilizo a Panasonic LUMIX GX9. Mantenho a câmara em redor do pescoço porque se a tivesse guardada na mochila praticamente não a utilizaria, por isso tem de resistir a várias coisas: chuva, neve e encontrões a rochas. E ainda funciona perfeitamente, mesmo após um ano de condições extremamente exigentes.”

Emma Svensson

Emma Svensson

Emma Svensson começou a sua carreira no mundo da fotografia em 2002, fotografando artistas musicais e concertos. No entanto, Emma também estabeleceu o seu nome no mundo da fotografia de moda. Além de ter escalado 61 montanhas europeias, Emma também tem um popular estúdio onde emprega várias fotógrafas. Emma promove a igualdade e a mudança para as mulheres no mundo da fotografia, pretendendo inspirar as pessoas a seguirem os seus sonhos pessoais.

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